O Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, aconteceu 31 de janeiro de 2020 e se consolidou agora em 01/01/2021. Mas o que muda para os brasileiros que querem ir ao Reino Unido para fazer turismo, estudar ou trabalhar? Nada.
A livre circulação de pessoas se aplica apenas a cidadãos e países da UE com acordos especiais como Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. Os chamados extracomunitários, ou seja, que não fazem parte da UE, estavam e continuam sujeitos a outras regras. Por exemplo, muitos dos países europeus são signatários do Acordo de Schengen. Essa convenção garante livre circulação de pessoas, sem controle nas fronteiras. É por isso que, por exemplo, quando um brasileiro entra na Europa pela França a turismo, não costuma passar novamente pela imigração na Alemanha, Portugal ou em qualquer outro dos 26 países que fazem parte do chamado 'espaço Schengen'. Mas não no Reino Unido. Os britânicos sempre preferiram ficar de fora deste acordo e impor os requisitos para a entrada de pessoas em seu país a seu critério. Atualmente, os brasileiros não precisam de visto de turismo para visitar um país Schengen ou o Reino Unido. No primeiro caso, a estadia não pode extrapolar três meses. No segundo, seis. Em relação aos vistos de trabalho, cada país europeu concede o seu próprio sob critérios diferentes. É por isso que alguém com visto de trabalho para a Suécia só pode trabalhar na Suécia. O mesmo vale para vistos de estudo por períodos superiores a três meses: alguém com um visto de estudo para a Bélgica só pode estudar na Bélgica. Nos dois casos, seu visto permitirá que você viaje livremente pelo espaço Schengen, mas não realize essas atividades.
E o Reino Unido? Como já regulamentava os vistos por si só, nada mudará para cidadãos de fora da UE, como os brasileiros, que terão que continuar pedindo para estudar e trabalhar lá.
Fonte: BBC.com
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